TCHERNOBIL - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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TCHERNOBIL
05.05.2006

26 de abril de 1986. O mundo enfrentava um dos maiores desastres da história, provocado pela explosão do reator nº 4 da Usina Nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, à época um dos países integrantes da União Soviética. Após silêncio comprometedor, o governo soviético obrigava-se a abrir a cortina de ferro e mostrar a cruel realidade. Centenas de pessoas morreram nas primeiras horas do acidente, enquanto as conseqüências nefastas à saúde das populações, especialmente as que moravam nas áreas próximas, foram, e ainda são, devastadoras. Nuvens radioativas se espalharam pela Europa, pela Ásia e pela África, contendo césio 137, um isótopo que emite radiações beta e gama, cancerígenas, pois causam danos no DNA e nos tecidos vivos. Vinte anos depois, os habitantes do planeta, especialmente da Europa, deviam revisitar a história e dirigir a memória para aquelas pessoas que combateram o incêndio, tarefa altamente desafiadora, que consistiu, principalmente, no lançamento de milhares de toneladas de areia e chumbo, por meio de helicópteros, sobre o reator em chamas. Se o fogo tivesse se propagado a outros reatores, metade da Europa teria desaparecido e a vida na terra para sempre sofreria terríveis conseqüências. Essas pessoas, meio esquecidas, devem ser homenageadas e consideradas grandes heróis da humanidade. A Tribuna do Norte publicou, em sua primeira página da edição de 27/04/2006, uma fotografia com sete jovens em manifestação de protesto, no transcurso do 20º aniversário da tragédia de Tchernobil. A tristeza tão marcante e tão profunda que se vê nas faces desses jovens faz-nos pensar que se trata de vítimas diretas do acidente. Dificilmente, aquela tristeza imensa seria de manifestantes que não sofreram os efeitos da tragédia na própria carne. Os protestos, realizados em todo o mundo, são um alerta para os perigos que o homem, na sua insensatez, engendra contra si mesmo. Essa fotografia publicada na Tribuna, eloqüente na evocação de uma realidade inelutável, é auto-denunciadora do sofrimento humano e não precisa de textos adicionais. Qual a verdadeira extensão dos danos causados pelo incêndio, 20 anos atrás, do reator 4 da Usina Nuclear de Tchernobil? A ONU diz, em consonância com a Agência Internacional de Energia Atômica – AIEA, que são cerca de 4000 mortes causadas pelo acidente. O relatório TORCH e o Greenpeace, por outro lado, apontam para números muito maiores, chegando a mais de 90.000 casos fatais de cânceres, além de alterações cromossômicas, cataratas e doenças cárdio-vasculares. Somente na Ucrânia, mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas radiações e, em todo o mundo, é quase impossível saber. O acidente causou a liberação para a atmosfera de radioelementos equivalentes a 200 bombas atômicas como a que foi lançada sobre Hiroshima, na II Guerra Mundial. Importa refletir sobre a insensatez do homem, no tocante ao uso das novas tecnologias, que, a despeito dos benefícios que trazem, podem se transformar em fontes do mal, inclusive com a perspectiva de servirem para a destruição do planeta. É só pensar nos reatores nucleares e no arsenal atômico existentes no mundo. Resta-nos a prédica e prática da paz e do bom-senso, além da fé em Deus e a esperança na Sua infinita caridade.

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