Pecados Capitais - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Pecados Capitais
28.04.2006

O caderno Equilíbrio do jornal Folha de São Paulo (21/04/2005) publicou interessante matéria sobre o que os sete pecados – orgulho, gula, luxúria, ira, preguiça, avareza e inveja – podem ocasionar no corpo e na mente das pessoas. No confronto entre o que é normal, aceitável, e o que é exagerado, maléfico, inaceitável, vem citada a máxima de Aristóteles: “In medio estat virtus” – A virtude está no meio. O filósofo Mário Sérgio Cortella, professor de Teologia e Ciências da Religião da PUC de São Paulo, diz, entretanto, que todos os vícios são pecados, porque caracterizam exagero, são desmesurados e, portanto, nunca podem ser classificados como virtudes. Parece-nos óbvio, contudo, que há uma constante tentação do ser humano por um ou outro desses pecados. Negar essa certeza é pura hipocrisia. A virtude está em ter capacidade para mantê-los sobre controle, impondo a vontade para que esses sentimentos, se aflorarem, sejam contidos no nível da aceitabilidade, desde que sejam benfazejos e nunca maléficos para o próprio indivíduo ou para outrem. Certamente, essa avaliação do que é aceitável depende de cada pessoa, do seu complexo bio-psíquico-social e religioso. Vale a pena lembrar que o próprio Cristo sofreu a tentação do Demônio. Padre Antônio Vieira, no Sermão da Exaltação da Santa Cruz – Lisboa, 1645 – fala de dois gêneros de cruzes – a cruz material e a cruz espiritual: “Estas duas cruzes, com serem tão diferentes, ambas são instrumentos de nossa redenção, porque, para um homem se salvar, não bastam só os merecimentos de Cristo, são necessários também merecimentos próprios. Na cruz material temos os merecimentos de Cristo, na cruz espiritual temos os merecimentos nossos. A cruz material foi instrumento da redenção de todos, quanto à suficiência; a cruz espiritual é instrumento de redenção de cada um, quanto à eficácia”. Assim, temos de fazer a nossa parte no tocante à convivência com sentimentos que podem e devem ser mantidos sob controle pela vontade própria de cada um, o que resulta em bem-estar para o corpo e para a mente, além de fazerem parte da cruz espiritual de Vieira, para a salvação da alma. Analisemos os sete pecados capitais, fazendo rápidos comentários despretensiosos de aprofundamento, muito menos de vê-los à luz dos ensinamentos de S. Tomás de Aquino sobre a matéria. Comecemos pelo orgulho, filho bom da auto-estima, que passa para o lado pecaminoso quando desaba para o pedantismo, para a arrogância e para a soberba. Cuidado com a gula, quanto mais se associada ao sedentarismo, pois esta é a combinação perfeita contra nossa saúde. A luxúria, entendida como o excesso na busca do prazer sexual, deve ser proscrita, até para não prejudicar o que é salutar e agradável. As reações de explosão são extremamente perigosas em momentos de ira. É necessário controlar a indignação que pode surgir em determinados eventos, bem assim, eliminar esse sentimento colérico o mais rápido possível, pois ele pode conduzir a danos irreversíveis à saúde do corpo e da alma. Quanto à preguiça e à avareza, temos a impressão que são os mais fáceis de vencer, tendo o cuidado para não cair nos extremos opostos. E a inveja? Originando-se na frustração, quase sempre o invejoso quer destruir a fonte que lhe causou esse sentimento subalterno. Para a inveja não há versão aceitável. É causadora de grandes desvarios, é pecado mortal.

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