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Mozart (1756 – 1791)
12.01.2006

O dia 27 de janeiro de 2006 marcou o 250º aniversário de Wolfgang Amadeus Mozart, considerado o maior gênio musical da história. Representativas de uma época já distanciada, suas composições – mais de 600 –, criadas em somente 35 anos de vida, entre elas verdadeiras obras-primas, parecem crescer a cada dia em relevância e significação para a alma humana. Durante todo o ano e no mundo inteiro, programações exuberantes reverenciarão a genialidade de Mozart. Em Salzburgo (Áustria), cidade onde nasceu, serão encenadas, durante o conhecido festival de verão (24/07 a 31/08), as 22 obras escritas para o palco, especialmente, as famosas óperas “A Flauta Mágica”, “As Bodas de Fígaro” e “Don Giovanni”. O Metropolitan de Nova York, bem assim a Ópera de Paris, comemorarão em alto estilo. São Paulo, Rio e outras cidades brasileiras, inclusive Natal, obviamente, aproveitarão a oportunidade para, através dos institutos e entidades culturais, reavivar repertórios de Mozart e expressá-los em concertos e encenações. Dos textos alusivos às atuais celebrações mozartianas, dois nos chamaram a atenção. No primeiro, escrito por Norman Lebrecht e publicado no caderno “Mais” da “Folha de São Paulo” de 22/01/2006, intitulado “O Rei da Muzac”, o autor entra na contra-mão da história e faz comentários depreciativos sobre o famoso compositor. Com a devida vênia, a análise de Lebrecht é tendenciosa e se vincula a estereótipos que impregnam a imagem do gênio de Salzburgo, melhor dizer, do gênio mundialmente reconhecido como o maior talento artístico – musical de todos os tempos. Esqueçamos as opiniões do crítico Norman Lebrecht e voltemos nossa atenção ao artigo de João Pereira Coutinho, colunista do jornal português “Expresso”, publicado na “Folha” de 26/01/2006, acerca das mulheres que exerceram forte influência na vida do compositor. Coutinho se reporta ao livro recentemente editado em Londres, sob o título “Mozart’s Women” (As Mulheres de Mozart), de autoria de Jane Glover, maestrina em Chicago (USA) e incluída entre os maiores estudiosos do compositor, não somente da sua curta e tumultuada existência, mas também, e sobretudo, do seu prodigioso legado musical. São três mulheres que, essencialmente, foram importantes na vida de Mozart, conforme Jane Glover: a mãe, Maria Anna, morta aos 58 anos, em Paris, quando acompanhava uma turnê do filho; a mulher Constanze, nem sempre bem vista pela posteridade, mas com papel significativo na perpetuação do acervo artístico do marido; e a irmã, também de nome Maria Anna, conhecida como “Nannerl”, confidente de Wolfgang, companheira de infância em apresentações musicais que encantavam a Europa. O livro desmistifica a pessoa do pai, Leopold, como figura central e quase única a influenciar a vida de Mozart. Em 1991, quando exercíamos o cargo de Reitor da UFRN e inaugurávamos o prédio da Escola de Música (no gênero, um dos melhores do Brasil), fizemos constar na placa de inauguração uma frase concernente aos 200 anos do falecimento de Mozart. Tanto o nascimento quanto a morte são motivos para celebrar, porque marcam o período de uma existência que se tornou perene, pois Wolfgang Amadeus Mozart é imortal pela genialidade ímpar. Felizes somos nós, os pósteros, que podemos usufruir, para nosso deleite espiritual, de suas maravilhosas criações artísticas.

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