Maria Antonieta - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Maria Antonieta
01.02.2007

Do esplendor à derrocada total, do brilho dos palácios à penúria do cárcere, do poder e do fascínio à humilhação sem limites; do aplauso delirante às vaias e aos apupos, dos séqüitos bajuladores ao silêncio da solidão, da ostentação do trono à frieza do cadafalso. Estas são apenas algumas reflexões associadas à leitura do livro “Maria Antonieta - Biografia”, que a Editora Record lançou no Brasil, em 2006, traduzido da edição original em inglês (2001) por Maria Beatriz de Medina. De autoria da notável escritora inglesa Antonia Fraser, a obra de 571 páginas impressiona pelos detalhes da vida da rainha Maria Antonieta (1755-1793) e do rei Luís XVI (1754-1793) personagens centrais e vítimas de um dos maiores e mais significativos eventos da humanidade: a Revolução Francesa, do final do século XVIII. As idéias de liberdade, racionalismo e igualdade eram absorvidas pelas forças populares, sendo Rousseau e outros pensadores as fontes de inspiração. Os habitantes do palácio de Versalhes, rei, rainha e toda a corte, estavam indiferentes às transformações que germinavam e cresciam vertiginosamente na população francesa, acossada por grave crise financeira. Versalhes permanecia absorto no luxo, na moda e nas festas, enquanto Paris fervilhava em vindita, ódio e revolta. A poderosa Maria Teresa da Áustria (1717 - 1780), Imperatriz do Sacro Império Romano, usou muita diligência para casar suas oito filhas com herdeiros de tronos ou com príncipes de importantes monarquias. Os casamentos entre as diferentes famílias reais eram arranjados pelos reis e rainhas por conveniência política, a fim de auxiliar nas alianças diplomáticas. Maria Antonieta, oitava filha do Imperador Francisco Estevão e da Imperatriz Maria Teresa, nasceu a 2 de novembro de 1755, no Palácio Hofburg -Viena – na presença do pai e de cortesãos, como era hábito naquele tempo. Herdou o sangue Habsburgo (tanto austríaco quanto espanhol), uma linhagem real que dominou por muito tempo várias monarquias européias. Maria Antonieta cresceu e foi educada nos moldes da família Habsburgo: submissão feminina aos pais e ao futuro marido e rigor nos estudos de ciências, letras e artes. Nunca se destacou na leitura e na escrita, mas tinha predileção pela música e pela dança. Aos 14 anos, deixou o palácio de Schönbrunn e foi para Paris, após casamento por procuração em Viena com o delfim Luís Augusto, futuro Luís XVI, um matrimônio que visava selar uma união entre a Áustria e a França, tradicionais desafetos. Maria Antonieta tinha porte elegante e sua beleza mais se expressava na pele, nos olhos azuis, no cabelo e no sorriso, o qual disfarçava o lábio inferior saliente, próprio dos Habsburgo. Em contraste, o delfim era destituído de beleza física, ressaltando o excesso de peso, além de ser inseguro e desajeitado. O casal amargou sete anos sem consumar o ato sexual, não se sabe bem por que, pois todos os indícios conduziam para se acreditar na virilidade normal de Luís Augusto. Em maio de 1774, o rei Luís XV morre de varíola e o delfim assume o trono da França, com o nome de Luís XVI. É aí que começa a infeliz saga do casal que termina na guilhotina, após julgamento preconceituoso sob a responsabilidade de líderes da Revolução Francesa. Transformado em filme, o livro biográfico “Maria Antonieta”, apesar de algumas imprecisões na linguagem (talvez fruto da tradução), envolve o leitor pelas preclaras reflexões psicossociais e pela força de detalhes da vida de um dos personagens mais instigantes da história.

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