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LONGEVIDADE
13.07.2006

O Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFRN, através da Base de Pesquisa Cultura, Política e Educação, realizou, no dia 30 de junho passado, mesa-redonda sobre envelhecimento humano. A parte central da programação foi a palestra proferida pela médica Vilma Clóris de Carvalho, professora da Unicamp-SP, sob o tema “Envelhecendo junto ao mar: ensinando a envelhecer”. Tive a alegria de participar como debatedor, ao lado do Professor Celso Matias de Almeida – UFRN. Assinale-se que na mesa estavam três pessoas pertencentes à 3ª idade, com formação médica, para debater com um grupo altamente motivado, da área das Ciências Sociais. “Envelhecendo junto ao mar” é também o título do livro escrito pela Dra. Vilma, lançado em 2004, um interessante trabalho sobre o processo de envelhecimento, com orientações práticas, permeadas de passagens líricas e filosóficas, no sentido de sempre se conservar a alegria de viver. A palestrante, que há nove anos se aposentou e veio morar junto ao mar do Recife, sua cidade de origem, iniciou falando sobre as mudanças que lhe ocorreram, após 32 anos dedicados ao magistério de neuroanatomia na Unicamp, com total devotamento ao ensino e à pesquisa. Voltou-se, então, para o estudo da harmonização entre idade avançada e bem-estar, adotando, ela mesma, um estilo de vida que busca essa harmonia. Em palestras e quando escreve, procura mostrar, através da própria experiência, que o envelhecer saudável se acompanha de equilíbrio emocional e sabedoria longeva, importantes para um viver feliz. No livro “Envelhecendo junto ao mar”, a autora pergunta: “Quando é que nos tornamos velhos?” Cita um escritor americano, H. Samm Coombs, para quem os estágios da idade avançada são: velho jovem, velho frágil e velho velho. Para se chegar ao primeiro estágio – geralmente após os 50 – e passar à fase seguinte, não há idade precisamente determinada, depende do estilo de vida e das informações genéticas de cada pessoa, com predominância do primeiro componente. A idade biológica não está, assim, atrelada à idade cronológica, há uma variação acentuada na dependência dos fatores já citados. Sabe-se, à plenitude, que o avanço do conhecimento tem propiciado um aumento na expectativa de vida, com o crescimento do número de idosos na população. A Dra. Vilma aborda essa realidade, para dizer: “Queremos mais vida, porém com qualidade. O ideal é aproveitar a experiência e a conseqüente sabedoria advinda com a idade, sem o acúmulo de doenças, prolongando, o mais possível, as nossas capacidades física e intelectual”. Diversos aspectos ligados ao envelhecimento, como exercícios físicos e cognitivos, alimentação, radicais livres, estresse, bem-estar social e psíquico e neurotransmissores foram apresentados na palestra e são focalizados com mais detalhes na obra “Envelhecendo junto ao mar”. São merecidos o registro do evento acadêmico e os comentários sobre precioso livro, de agradável leitura, ótimo estilo, no qual a autora soube usar o conhecimento científico, enriquecido com leitura ampla sobre o tema envelhecimento, associado com relato prático e pessoal. De parabéns estão o Professor Dr. José Willington Germano, Coordenador da Base de Pesquisa Cultura, Política e Educação, e a Professora Dra. Vânia Gico, responsáveis pela programação.

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