Mestre, sábio e santo - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Mestre, sábio e santo
23.11.2006

A morte de Dom Nivaldo Monte transmite-nos a certeza da eternidade. Sua passagem terrena foi a preparação para a glória da sublimação espiritual. A ausência física causou consternação aos familiares, amigos e ao povo do apostolado do Senhor. Todavia, há o sentimento de que a morte levou-o à plenitude da existência. Sua aura de paz, felicidade e amor não se extinguiu, ao contrário, expandiu-se e alcançou a todos os que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Padre Antonio Vieira, no “Prefácio aos Três Sonhos”, diz que “... o dormir é conseqüência do viver, e o sonhar do modo em que se vive. (...) o santo sonha como santo”. Pensamos que Dom Nivaldo está dormindo, dormindo eternamente, e sonhando sonhos de santo a impregnar a vida das pessoas atentas aos seus ensinamentos e sensíveis às suas mensagens, gestos, atitudes e exemplos, os quais se inspiraram no Evangelho de Cristo. Sábio, santo e mestre é como o vemos. Sábio pela erudição, pelos conhecimentos adquiridos por meio de prolongados estudos, pela inteligência nata e expandida em leituras exaustivas e de aprimorada escolha. Sábio pelo ecletismo do saber, desde a filosofia, a teologia e a doutrina cristã, até as ciências naturais, especialmente a botânica. Sábio pelo equilíbrio e bom-senso, pela convivência amável e sorriso constante, pela solidariedade humana e disponibilidade em servir, enfim, por suas admiráveis qualidades que o tornam inesquecível e especialmente amado por seus conterrâneos. Seria somente o bem-querer que nos leva a vê-lo um homem santo? Em outro artigo que escrevemos sobre Dom Nivaldo Monte, três meses antes de sua morte, encontra-se este trecho: “Sua figura faz-nos pensar na onipresença e na onisciência de Deus”. Quem não sentia, ao dele se aproximar, que estava diante de uma pessoa iluminada e capaz de dialogar com Deus? Sua fé em Cristo tinha uma força extraordinária, apta a guiar para o aperfeiçoamento pessoal além de inspirar a crença na lei divina e na imortalidade da alma. A vida dos santos é a imitação da vida de Cristo, na busca da perfeição humana. Dom Nivaldo Monte viveu como um homem santo, pois seguiu as pegadas de Jesus, filho de Deus, e a Ele dedicou seu mister. Ao relembrá-lo, vêm à mente as virtudes: solidariedade, tolerância, paz, perdão, fé, serenidade, compaixão, justiça, felicidade e amor pleno. Dom Nivaldo Monte é mestre da vida, mestre da arte de pensar, de entender e amar o próximo, de encontrar alegria nas coisas simples, de ver as belezas da natureza. Mestre em conciliar fé e razão. Não a fé cega, sem inteligência; nem a razão emancipada da fé. Mas a fé precedida do pensar e do refletir e que não tem medo da ciência. Suas convicções filosóficas e teológicas entoam com São Tomás de Aquino e São João da Cruz, à semelhança de João Paulo II, o Papa da encíclica “Fides et Ratio”. Mestre na Universidade e fora dela, na Igreja e na comunidade, nos sapientes sermões e nos livros que escreveu; mestre de bondade e de fazer o bem, mestre pelos exemplos que deixou, mestre para seus contemporâneos e para as futuras gerações. Dom Nivaldo Monte: mestre, sábio e santo.

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