Crianças e Anjos da Guarda - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Crianças e Anjos da Guarda
25.12.2014

Minha filha Romeica fez sua primeira viagem de avião aos três anos de idade. Quando o avião ganhou altura, ela olhou para fora e gritou: “Painho, as nuvens baixaram!” Em um dos seus livros, Rubem Alves cita algo semelhante, e a expressão do menino tem igual sentido: “Papai, o céu caiu lá embaixo”. Esse mesmo autor conta que uma menina, residente em uma cidade grande, foi visitar a avó em sua casa, num sítio. A avó quis deslumbrar a neta, e, para isso, resolveu mostrar-lhe a horta, de onde colheu algumas cenouras. Reação da criança: “Você guarda suas cenouras num lugar esquisito. Em casa nós as guardamos na geladeira”. Meu neto Thiago, hoje com 16 anos, aos 7 ou 8 anos, estava atento na leitura de uma Bíblia própria para crianças. Por um instante, parou a leitura para me dizer, cheio de espanto, que Jesus não era filho de Deus, e sim era filho de Maria e José, conforme estava escrito no livro em suas mãos. Não foi fácil para convencê-lo do mistério da Santíssima Trindade.

Celebrar o Natal é celebrar as crianças do mundo. Não falo só da fase infantil das pessoas, em termos de idade, mas das eternas crianças que habitam o âmago da maior parte dos adultos. Triste de quem perder a faculdade de ver o mundo através do olhar próprio de uma criança. A época natalina tem o condão de nos libertar de amarras impuras e pesadas impostas pelo decorrer da vida, e nos concede as bênçãos de uma visão de bondades e levezas, típicas da alma infantil. É tempo de festejar, de perdoar e de ser perdoado, de agradecer gestos solidários, de orar e pedir ao Deus Menino para proteger todas as crianças do planeta. Não somente no Natal, mas em qualquer tempo, devemos abrir sempre espaço para a criança que existe em nós, a fim de sermos mais simples, mais sinceros e mais fraternos.

Falar de criança traz lembrança do Anjo da Guarda, aquela figura de asas brancas a proteger meninos e meninas. Na infância, aprendi com minha mãe a rezar, todo dia, um Pai Nosso, uma Ave Maria e uma oração do Anjo da Guarda. Penso que mesmo os agnósticos e ateus, nos momentos cruciais, apelam para seus Anjos da Guarda. No capítulo sobre São Miguel, no livro Legenda Áurea, li que a cada pessoa são dados dois anjos, um mau para pô-la à prova, e um bom para protegê-la. O homem é protegido desde o útero por um anjo bom, o qual continua a guardá-lo para sempre, mesmo quando já é adulto. Nessa fase da vida, o ser humano sofre as tentações do anjo mau, mas conta com a proteção do Anjo da Guarda, para exortá-lo e incitá-lo ao bem.

Os arcanjos são anjos superiores, dos quais três são bem conhecidos: Gabriel, o mensageiro, Rafael, o acompanhante, e Miguel, o guerreiro de Deus. Chefe dos exércitos celestiais, São Miguel expulsou a horda de Lúcifer do Paraíso. Segundo a tradição judaico-cristã, é ele quem avalia as almas quando demandam a corte celestial, e, para isso, na visão popular, ele segura uma balança com a mão esquerda, para pesar virtudes e pecados. Da sua decisão, se a alma entra ou não entre no céu, não cabem recursos. Dá para imaginar o tamanho da fila de espera na porta do céu, caso houvesse chance de recursos das decisões de São Miguel, na mesma proporção que as leis do Brasil permitem?

Feliz Natal para todos.


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