Chile, um país amigo - Centro Universitário do Rio Grande do Norte - UNI-RN
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Chile, um país amigo
12.02.2009

Haviam me falado sobre a especial atenção dada aos brasileiros que viajavam ao Chile. Agora, pude comprovar a aprazível recepção naquele país amigo. No exterior, quando os nativos passam a saber a origem dos visitantes, por vezes, podem ocorrer atitudes que, se não são hostis, são de certa frieza. No Chile, é o contrário, somos tratados como bons amigos, percebe-se na alegria dos olhos, nos largos sorrisos e nas constantes boas-vindas. Em viagens por outros países, nunca me senti tão bem tratado, tão bem recebido, quanto nessa visita que fiz à terra do poeta Neruda. Bem-educadas, as pessoas transmitem alto astral, parecem felizes e otimistas. Poucas críticas ouvi à Presidente Michelle Bachelet, mas ainda persiste uma divisão entre prós e contras Pinochet, com predominância dos contras. Quantas piadas com os argentinos! Dizem que eles são muito orgulhosos, chegam mesmo à prepotência, e exemplificam: na questão das Malvinas, os argentinos afirmam não terem perdido a guerra, mas que, simplesmente, foram vice-campeões. Entre os mais novos, no entanto, percebe-se que essa rivalidade tende a ficar somente no gracejo, de lado a lado. A um velho motorista de táxi, ousei perguntar se não seria melhor aumentar a amizade entre os dois povos vizinhos. Resposta: "Você já viu óleo e água se misturarem?" Santiago, com seus cinco milhões de habitantes - cerca de um terço de todo o país -, não parece ser tão grande. Dizem ser bastante poluída, por causa da barreira dos Andes na saída dos poluentes, mas não deu para notar isso. A cidade é bonita, avenidas largas, trânsito bem organizado, grandes parques de preservação natural. Pode-se andar a pé com facilidade. Escolhi o bairro Bellavista, perto do hotel, para esse tipo de passeio. Vê-se o turismo em alta, muitos cafés, bares, restaurantes e a profusão de idiomas estrangeiros. Estava com a mulher e dois netos, com 10 e 11 anos. Na base do morro São Cristóvão, existe um bondinho, modelo antigo, chamado de funicular (que os netos riam ao trocarem o "n" por um "r"), para subir ao zoológico. Fomos ver os animais, durante uma tarde toda. Valeu a pena, apesar do título de morgado que recebi dos netos, pois não conseguia acompanhá-los nas subidas e descidas dos diversos setores do parque. Em uma feira de artesanato, interessei-me por peças em bronze do Dom Quixote e Sancho Pança. Não comprei, porém falei aos meninos um pouco sobre as duas figuras. No aeroporto de São Paulo, um dos netos, ao ver em uma vitrine um outro modelo do Dom Quixote, exclamou: "Olha vovô, nesta loja tem aquele boneco que você quis comprar". Já é um avanço... Não subimos aos Andes, mas chegamos à cidade histórica de Valparaíso e ao balneário de Viña del Mar, com as águas frias do oceano Pacífico. Em Santiago, existem muitos museus, além de outros programas e espaços culturais. Fomos ao Museu Pablo Neruda, em uma das casas onde ele viveu. Construída em vários níveis, a casa/museu, entre outros destaques, mostra duas das fixações de Neruda: os motivos náuticos e as coleções de que ele tanto gostava. É perfeito para quem quer saber mais como foi a vida desse grande poeta chileno, Prêmio Nobel de Literatura de 1971. Lá, encontramos na biblioteca o Livro das Respostas, do escritor Diógenes da Cunha Lima, brilhante elenco de pensamentos nascidos a partir do Libro de las Preguntas, de Pablo Neruda. Entre bons, simples e alegres passeios, entre os risos e o afeto do pequeno grupo familiar -, mas que bem representava os demais -, provando seletos vinhos e perambulando em terra de gente boa, sob os votos de parabéns de ótimos amigos, completei sete décadas de vida, pelas quais muito agradeço a Deus.

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