Aos 22 anos, Nísia Floresta se inspirou no livro “Reivindicações dos
Direitos da Mulher” (1792), da autora inglesa Mary Wollstonecraft, ao
escrever “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens” (1832), sua mais importante obra. As duas publicações tratavam do mesmo tema. A diferença é que, enquanto na Europa se pedia a emancipação da mulher, reivindicava-se no Brasil uma educação igualitária, o que refletia o atraso do país na época. Pela primeira vez, no entanto, alguém ousa abordar o assunto falar pelas mulheres.
Essas são algumas das informações contidas na exposição “Nísia Floresta – Uma Mulher à Frente do seu Tempo”, destaque da décima edição do Projeto Memória, promovido pelo Banco do Brasil em parceria com a Petrobras. A abertura ocorreu dia 8, às 9h30. A mostra está montada no Espaço Luz da Biblioteca da FARN e está aberta à visitação até o dia 30, sempre das 9h às 21h.
A solenidade contou com a presença do Reitor da FARN, Daladier Cunha Lima, e da Chanceler Noilde Ramalho, além de presidente da Liga de Ensino do RN, Manoel de Brito, e do representante do Banco do Brasil, o gerente Josimar Alves, que fez uma justa homenagem à chanceler, ao compará-la à Nísia Floresta no empenho pelo desenvolvimento da educação do estado. “Noilde Ramalho é a Nísia Floresta dos nossos dias. Diria que ela é a nossa Noilde Floresta”, afirmou Josimar Alves.
Diversos estudantes visitaram a mostra. Entre eles, a estudante do
primeiro ano do curso de Nutrição da FARN, Karina Marinho. “São muito
importantes iniciativas como essa de destacar a vida e obra de Nísia
Floresta que ainda é pouco conhecida do público. Aprendi mais sobre a sua história e luta, que representou uma mudança no tratamento da mulher no Brasil”.
A exposição traz, em 16 painéis, curiosidades e detalhes da trajetória de
vida da escritora precursora do movimento feminista no país. Ela é a primeira mulher e do Rio Grande do Norte a ser homenageada no projeto Memória. “O aluno da FARN deve prestigiar a exposição e também trazer seus familiares para conhecerem mais sobre essa importante mulher”, convocou Daladier Cunha Lima.
A meta é que 50 mil pessoas visitem a exposição em todo o Estado. De
acordo com Josemar Alves, a escolha dos locais para instalação da mostra é criteriosa e a FARN se enquadra perfeitamente nesse perfil. Por isso, a instituição foi selecionada para abrir a fase de itinerância da exposição.
Fonte: Assessoria de Comunicação FARN